É comum ver mamães com um vínculo maior com os bebês. Principalmente as que passaram pela gestação e conseguiram amamentar. Esse vínculo pode ser mais difícil para os pais conseguirem, mas não é impossível. Existem diversas maneiras para estimular e fortalecer o vínculo entre papais e bebês, que podem ser úteis para vovôs, vovós, tios, tias e irmãos.
É importante que desde a gestação ou da chegada da criança, os familiares interajam com o bebê. Pode ser desde conversar, ouvir música até ler. Por isso, separei 3 atividades que podem ser feitas para fortalecer o vínculo com o seu bebê.
1 – Dançar com o bebê
A música é uma ótima forma de estimular a criança. Dançar é divertido, prazeroso e exercita a criatividade. Alguns especialistas recomendam colocar músicas alegres durante a gestação a fim de provocar sensações positivas na mãe e, consequentemente, no bebê.
Assim que a criança nasce, são diversas possibilidades para o momento da música. O movimento da dança promove harmonia e gera uma leveza, principalmente para os momentos de adaptação.
Para momentos mais descontraídos, escolha uma música alegre, use o corpo todo para dançar, sorria, rode, se movimente bastante. Isso pode estimular o desenvolvimento de habilidades motoras da criança enquanto fortalece o corpo e a mente.
É legal fazer isso com mais membros da família. Pode ser uma atividade entre pessoas importantes. A qualidade de presença transforma esse momento em único e auxilia a estreitar os laços afetivos.
Em um momento mais calmo, pode-se reduzir as luzes, optar por uma música mais tranquila e ninar o bebê.
2 – Durante a introdução alimentar
Por volta dos 6 meses de vida, é possível começar a introdução alimentar no bebê. Caso ele tenha uma alimentação exclusiva de leite materno, é possível que apenas a mãe tenha esse vínculo de nutrição e alimentação.
Durante a introdução alimentar, pais, avós e demais integrantes da família podem se envolver com o bebê e fortalecer vínculos. É importante para que a criança entenda que a mãe não é a única que pode promover o alimento.
A introdução alimentar é a construção da relação daquela pessoinha com a comida. É preciso estudar e colocar em prática bons hábitos durante esse período. Lembrando que crianças são influenciadas pelos hábitos dos pais. Portanto, a introdução pode ser o ponto de transformação de toda a casa para uma alimentação mais saudável.
Além de tudo isso, a hora da refeição é um momento social. A partir do momento em que a criança consegue ficar sentada reta, é possível colocá-la junto à mesa durante as refeições. Essa é uma forma de introduzir a criança à rotina familiar. É o fortalecimento de um vínculo que envolve mais de uma pessoa.
Para que o vínculo tanto com os pais quanto com a comida seja melhor, é legal introduzir a criança desde a compra dos ingredientes, passando pelo preparo até a formação de um prato ou colocação da mesa.
3 – Leitura
Os primeiros três anos de vida são essenciais para o desenvolvimento de alguém. É quando ocorre o início das conexões sinápticas, o cérebro está super ativo, absorvendo toda nova experiência.
Nessa fase, é muito interessante trazer a leitura para o bebê. Os pais se tornam intermediadores entre a criança e a linguagem, através da leitura compartilhada.
Uma pesquisa feita no Montreal Children’s Hospital, no Canadá, analisou 116 famílias e concluiu que a leitura para crianças nos primeiros dias de vida é muito positiva. Dentre os benefícios, foram apontados o aumento de vínculo com os pais, efeito tranquilizador e ajuda no desenvolvimento cerebral.
Para os bebês, a voz dos pais é um elemento extremamente tranquilizante. 69% dos pais relataram se sentir mais próximos dos filhos e, mesmo que em ambiente hospitalar, tiveram uma maior sensação de controle, intimidade e normalidade.
O melhor é estabelecer uma rotina de leitura. Ver imagens, formatos diferentes, ouvir a voz de quem está contando a história faz com que o ambiente seja rico em estímulos, colabora com o desenvolvimento do bebê e de um vínculo. Além disso, o ritual é um momento de calma e aconchego para ambos.
Você pode fazer isso deitado em almofadas no chão ou sentado em uma poltrona, o importante é estar confortável. Coloque o bebê no seu colo ou a sua frente e ponha o livro à frente de vocês. Tente sempre manter uma proximidade com o olhar do bebê.
Conforme a criança for crescendo, é legal deixá-la segurar o livro e virar as páginas. Você pode ensinar isso à ela.
Durante as leituras, lembre-se de gesticular bastante, fazer mímicas, alternar entonações de voz de acordo com os personagens e usar o corpo todo para contar a história. Esses detalhes enriquecem toda a “brincadeira”.
Se quiser, você pode deixar ainda mais interessante para o bebê e a história mais vívida através de objetos e bonecos. É uma opção para variar a maneira que conta uma mesma história.
Crianças precisam de repetição para absorverem conteúdos. Por isso, não se acanhe em contar a mesma história várias vezes. Cada vez que você contar, o bebê pode compreender um elemento diferente.
São muitas possibilidades para fortalecer o vínculo entre pai e bebê e entre toda a família. Você teve alguma estratégia com o seu filho para estreitar esse laço afetivo?