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Refluxo é algo normal. Todas as pessoas de qualquer idade podem apresentar o refluxo, principalmente após as refeições. Não é diferente com os bebês, ainda mais considerando que o sistema digestório deles está em desenvolvimento.

Acaba sendo um movimento natural do corpo. Porém, é preciso se atentar à frequência e maneira como o refluxo se manifesta, pois pode passar de um processo normal para uma doença a ser tratada.

O que é o refluxo?

No sistema digestivo, o alimento passa da boca para o esôfago, do esôfago para o estômago. Esse caminho é feito a partir das deglutições. Ou seja, quando a pessoa realiza o movimento de engolir, uma passagem entre os órgãos é aberta e permite que o alimento faça o caminho natural. O refluxo é quando há a abertura dessa passagem mesmo sem a deglutição.

O estômago possui um ácido chamado ácido clorídrico, necessário para a digestão. Em alguns casos, durante o refluxo, o ácido acaba atingindo o esôfago, causando lesões. Esse é considerado o refluxo ácido. 

Os bebês costumam apresentar refluxo, principalmente durante os primeiros meses de vida. É extremamente comum entre dois e quatro meses. É uma fase em que comem frequentemente e quase sempre estão em um momento de pós refeição. A grande maioria dos casos reduz drasticamente até o primeiro ano de vida.

As crianças que são amamentadas exclusivamente por aleitamento materno costumam apresentar mais episódios de refluxos. A alimentação é feita apenas através do leite, que é um líquido, e em grande quantidade. O refluxo ocorre e pode ficar no esôfago ou se tornar tanto um vômito quanto uma regurgitação. 

Existem fatores de risco para apresentar o refluxo?

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), existem grupos de crianças com maior risco de apresentarem o refluxo como doença. São eles:

Sintomas do refluxo

A SBP destaca sempre que é normal que crianças vomitem e regurgitem nos primeiros meses de vida. Inclusive, o que muitas famílias chamam de “golfadas” é normal também. Essas manifestações são consideradas refluxos.

Os principais sintomas e consequências do refluxo são:

Todas essas são características de que o ácido do estômago possivelmente está causando lesões no esôfago ou gerando outro mal. Esses casos são conhecidos como refluxo gastroesofágico ou refluxo-doença. A longo prazo, o ácido pode ocasionar a esofagite, que é uma inflamação no esôfago e desencadear dor intensa, queimação e vômitos com sangue. 

Caso o ácido vá além e consiga chegar até a garganta pode desencadear um caso de pneumonia de aspiração.

Diagnóstico do refluxo

O refluxo fisiológico, que ocorre naturalmente, não necessita de diagnóstico ou tratamento. Já o refluxo gastroesofágico, que é uma doença e traz mais perigo à saúde do bebê, precisa de tratamento.

O diagnóstico é feito com auxílio de um pediatra. Os responsáveis relatam o que está ocorrendo, o profissional reúne os dados e realiza um exame físico. Em alguns casos, pode ser necessário um exame complementar, como um raio X com contraste.

Lembrando que os sintomas comuns envolvem choro e irritabilidade. Esses sinais podem coincidir com manifestações comuns do refluxo, mas não apontam, com certeza, a presença do refluxo-doença.

Como reforça a SBP, esse é um dos motivos da importância de levar o bebê em consultas de rotina com o pediatra. São momentos para esclarecer dúvidas e outros pontos importantes. Apenas o profissional é capacitado para entregar informações precisas e avaliar o estado de saúde do bebê.

Tratamentos

Após confirmada a doença, o médico irá analisar o caso para melhor medicar. Uma das práticas mais comuns é o uso de medicação para aliviar a dor, reduzindo a produção de ácido e resultando na cicatrização do tecido que está inflamado. 

Para ajudar no controle do refluxo, é possível tomar medidas como:

De qualquer forma, é essencial a consulta com o pediatra. Algumas vezes, os responsáveis podem achar alguns sintomas normais, ou então acharem que alguns sinais são certeiros de diagnóstico. Apenas o médico poderá avaliar o bebê e indicar as melhores atitudes para a saúde da criança.

É totalmente contra-indicado iniciar um tratamento sem a supervisão do pediatra.

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